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O Espectro Politico e suas muitas faces.

  • Kira Yagami
  • 19 de mar. de 2015
  • 4 min de leitura

O espectro político é dividido em cinco partes, a esquerda, a direita, o autoritarismo/estadismo, o libertarianismo e o Centro Definitivo.

É como um plano cartesiano com X e Y, sendo a linha vertical a medida entre o libertarianismo e seu contra ponto, o estadismo, e a linha horizontal a medida entre a esquerda e seu contra ponto, a direita.

Qualquer governo analisado desta maneira age como uma coordenada, um par ordenado (X,Y).

O centro político se define com o par ordenado sendo (0,0), ou seja no exato centro do plano cartesiano.

A medida entre essas quatro extremidades é definida por quão longe vão as coordenadas, um governo analisado como autoritário e de esquerda é caracterizado como uma ditadura comunista.

Josef Stálin, ditador de extrema-esquerda (URSS)

Neste exemplo temos o estadismo extremo, necessário pra qualquer tipo de ditadura e as políticas de esquerda, como os movimentos sociais, como o MST brasileiro, movimentos igualitários como a questão LGBT, políticas de distribuição de renda, como o famoso Bolsa Família, estatização de empresas privadas, entre outras medidas de coletividade. Se este governo tivesse sua linha vertical baseada no libertarianismo, haveria o Anarquismo como teorizado por Mikail Bakunin.(O anarquismo não foi posto em prática por nenhum Estado Nacional, visto que se fosse posto, não haveria mais Estado).

A maioria dos movimentos de esquerda tendem primariamente para que a população aceite todas as medidas de coletividade e visto a resistência da população em aceitar isso, a ditadura passa a ser a única maneira de se impor esse tipo de política.

Normalmente quando temos a linha vertical na extremidade do estadismo, a linha horizontal tende a se extremar, isso não necessariamente acontece no contrario. Se a coordenada marcar o centro da linha vertical, a linha horizontal tende a se aproximar do centro também, formando o que chamamos de centro-esquerda, basicamente o que se acontece hoje no Brasil, Noruega e Austrália, são países onde o governo é assistencialista, essa política de assistencialismo necessita que o país tenha grande receita de dinheiro, arrecadando muito mais do que gasta com sua população, a Noruega tem menos de 6 milhões de pessoas num país, a Austrália tem menos de 24 milhões, enquanto o Brasil passa de 200 milhões. O tamanho da população e o fato do Brasil não ter uma economia forte prejudica o assistencialismo governamental.

A Venezuela é um exemplo de governo de esquerda e estadista, forçando a população a coletividade e cerceando liberdades da própria.

Nicolás Maduro, ditador venzuelano. Pintura de Hugo Chávez, falecido ditador Venzuelano.

O nacionalismo ou patriotismo extremos é uma das facetas de uma coordenada que marque o centro da linha horizontal e a extremidade estadista da vertical, como o caso do governo de Getúlio Vargas, uma ditadura imposta por golpe em 1930, conhecido por Pai dos Pobres, Getúlio pôs a nação no centro do plano cartesiano e para este feito, fez com que a linha vertical marcasse a extremidade estadista, isso caracteriza um estado grande, com uma enorme máquina pública, mas não necessariamente abre o investimento estrangeiro no país, uma das políticas de direita e também do libertarianismo, entretanto, qualquer forma de manifestação contra o governo é desarmada de maneira violenta, Getúlio deixa isso claro quando combate os Integralistas de Direita e os comunistas com Prestes.

Este tipo de governo pode também ser chamado de Autocracia, onde o Nacional manda no país, não se idolatra ou se curva perante uma bandeira vermelha, se curva perante a bandeira do país, e não há nada acima disso.

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Ainda sim, algumas liberdades econômicas da própria população são mantidas, como o armamento populacional, e a facilidade em abrir pequenas empresas, visto que só as grandes empresas de potencial geopolitico são estatizadas, por exemplo a Petrobras seria estatizada em 1930 caso já existisse e fosse privada, mas o Supermercado MultiMarket não seria, coisa que seria feita num governo de extrema-esquerda.

Isso se assemelha muito aos fascismos posto em prática por Hitler e Mussolini, por conta da ditadura presente nesse tipo de governo, erroneamente se caracteriza tais governos como comunistas ou de esquerda, é presente hoje ainda a discussão se o Nazismo era de esquerda ou de direita, e há argumentos para defender todos os três lados, por conta disso se tem a chamada Terceira Via. O autoritarismo é uma das poucas formas de governo onde a coordenada marca um extremo e ainda sim consegue ficar no meio em questão horizontal.

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Se no plano cartesiano a coordenada marcasse o centro horizontal e a extremidade libertária, criaria-se o chamado (e nunca posto em pratica) Anarcocapitalismo, um governo onde a liberdade é quem reina e não mais o nacional ou o coletivo, isso implica em não existir estado, visto que todas as empresas seriam privadas inclusive, Policias, Bombeiros e até os exércitos nacionais, descaracterizando o Estado e provavelmente transformando cada lugar com gente suficiente pra se defender num feudo.

Se a coordenada não marcasse a extremidade da linha e parasse no meio, teríamos um governo que dá prioridade a liberdades, como o armamento populacional, a estatização de apenas empresas vitais e ainda sim dando liberdade para que o mercado tente fazer melhor do que tais empresas estatais, como por exemplo acontece com o SUS e a Unimed, ambos competem e o mercado, isto é, a população decide o que é melhor.

Entrando no âmbito da direita e de seus governos, temos o exemplo mais próximo de nós brasileiros a Ditadura Miliar de 1964, como todo governo autoritário tinha a máquina pública bem grande e impedia qualquer exposição negativa do governo, seja ela midiática ou simplesmente populacional, a questão em diferença do governo vargas foi o âmbito de direita que a ditadura tomou, como a abertura de capital e o não uso de políticas sociais, tampouco movimentos igualitários,

A direita defende bandeira parecidas com o libertarianismo, tanto que este nome é derivado de liberdade para não se contradizer com o liberalismo condenado pela esquerda e proposto pela direita. O libertarianismo é uma filosofia política que contem sua própria questão econômica e o liberalismo é uma medida econômica defendida pela direita. Além disso, a direita (isso não se aplicada a todos os indivíduos civis e/ou militares caracterizados por “direita”) defende o valor da família, da moral e dos bons costumes, assim então, entrando em contraponto a movimentos LGBT. É também sustentado pela direita a religião e seus dogmas bíblicos, a questão religiosa para com a direita não é uma verdade absoluta, a ditadura militar teve muito de sua oposição dentro de igrejas.

Claramente o espectro político é usado a fim de rotulação e não deve nunca ser tido como uma verdade absoluta.

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