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As Fronteiras da Sociedade

  • Kira Yagami
  • 16 de jul. de 2015
  • 2 min de leitura

As sociedades mundiais são compostas por tradições, isso faz nascer estereótipos nacionais, é tradição italiana comer devagar e apreciar a comida, é tradição alemã a cerveja, tradição americana o marketing, tradição brasileira o samba, ou seja, os países se encontram diferentes nos pilares tradicionais, a sociedade é moldada dentro desses estereótipos, não é todo americano que sofre de obesidade, mas automaticamente esse estereotipo aparece quando se imagina um americano médio.

Com as tradições de cada lugar nascem seus certos e errados sociais, se um imigrante italiano que trabalha no Brasil quiser tirar a conhecida soneca depois do almoço, provavelmente ele vai perder o emprego, entretanto, socialmente isso é correto, ou ao menos aceitável na Itália, aqui no Brasil provavelmente seria vagabundagem.

Se julgássemos o imigrante italiano por isso, estaríamos sendo racistas e não somente xenófobos, e aqui entra a diferença entre classismo e racismo.

Se você tem um olhar superior ao negro, você de fato está sendo racista, na sua opinião ele seria fundamentalmente diferente de você, quase como se ele não tivesse alma, ou, não tivesse capacidade de entender a sociedade, ou fosse determinado a ser ladrão, o racismo não é o principal fator descriminante no brasil, apesar de ainda existir, sabemos que negros e brancos são plenamente capazes das mesmas coisas, e fundamentalmente iguais, vide Joaquim Barbosa que grande parte da população brasileira apoia pela meritocracia, e é negro, apesar disso está longe do racismo brasileiro acabar, e só de não pensar em “índios” já é notado o nosso próprio racismo incutido, não aceitamos o índio porque o consideramos fundamentalmente diferente de nós, achamos que ele não pode aprender a ser civilizado, ele é como pertencente a floresta, às matas, é como se ele fosse simplesmente um selvagem, isso é racismo.

Classismo é o principal visto em qualquer centro urbano, não se trata de cor da pele, se trata da conta bancária, os banidos rolézinhos dos shoppings paulistanos não são racismo, são classismo, a administração não liga que negros comprem nas lojas, liga que pobres fiquem perto de ricos, pelo medo de que os mais ricos, que garantem a receita do shopping, deixem de estar lá pelo classismo incutido. A grande maioria das situações de centros urbanos denotam o classismo.

Essa não é a única fronteira da sociedade, racismo e classismo são de fato coisas negativas e simples de serem refutadas, ainda sim, existem muitas linhas que dividem opiniões.

O que é destrinchadamente, uma opinião?

O que pensar de algo poderia ser uma definição de opinião, entretanto, ela precisa ser fundamentada em algo, e aqui aparece mais uma fronteira da sociedade, é necessariamente errado ter uma opinião racista? Ou classista? E se é errado porque é errado? Historicamente regimes estatais restringem a possibilidade de opiniões contrárias ao seus interesses, vide nazi-fascimo, Stalinismo, maoísmo, a própria ditadura militar do brasil, esses governos não somente punem a sociedade por um tipo de opinião, é necessária a desconstrução dela, é necessário que a sociedade se sinta culpada por ter tal opinião, desse jeito, o alvo da opinião se torna intocável, essa situação volta a questão do liberdade ou igualdade, é melhor que pensemos iguais sem a liberdade que pode vir a gerar um conflito ou é melhor que tenhamos a liberdade de pensar por nós mesmos?

 
 
 

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